Resurrection Fest Admite Adiamento e Explica Porque Não o Fez Ainda
Festival espanhol divulgou um comunicado nas redes sociais onde admite que a melhor solução seria cancelar o festival, mas que sem apoios é extremamente difícil tomar essa decisão.
Não é preciso ser o Grigori Rasputin, Nostradamus ou um outro místico vidente para perceber que o futuro adivinha-se muito cinzento para os festivais em todo Mundo. Vários já foram cancelados em 2020 e adiados para 2021, em Portugal e noutros países, como é o caso do SWR (que acontecia já na próxima semana), Rock in Rio Lisboa, do Download ou do HellFest.
Também o festival galego Ressurection Fest, que tem data agendada entre os dias 1 e 4 de Julho e tem em comum várias bansdas com o festival português VOA Heavy Metal Fest, publicou um comunicado onde afirma que toda esta situação provocada pela pandemia é extremamente complicada para um festival independente e que o mais provável é o festival ser cancelado. Aliás, com os números trágicos que se verificam em Espanha, isso seria mesmo o mais razoável.
«Dadas as restrições que existem neste momento, o mais provável é que não se possa realizar qualquer tipo de evento musical nos próximos meses e isso inclui obviamente o Resurrection Fest. Como já dissemos, a segurança e saúde de todos os envolvidos (público, trabalhadores, bandas) é o principal e jamais submeteremos isso a coisa alguma, por isso não acreditamos que se deva realizar um evento com tantos milhares de pessoas na situação actual».
Vagos Metal Parties: Conhece os 4 warm ups promovidos pelo Vagos Metal Fest
Com quatro datas já confirmadas, as Vagos Metal Parties terão lugar em Fevereiro em Freamunde, Bustos, Lisboa e Torres Vedras.
Contudo, a organização afirma necessitar que essa decisão seja tomada legalmente pelo governo espanhol, o único que pode advogar uma causa de força maior, para que a organização não tenha que arcar com todos os custos dos contratos já assumidos. Sem legislação para esta matéria, vingam as zonas cinzentas nos contratos e a organização do “Resu” relembra que nenhuma seguradora irá cobrir esses custos (basta olhar para o exemplo publicado pelo festival francês Hellfest).
«Esta situação é deveras difícil para um festival independente como é o Resurrection Fest, uma vez que, lamentavelmente, em Espanha não há nenhum tipo de seguro que cubra uma crise global provocada por uma epidemia como esta e as perdas [financeiras] provocadas pela não realização do evento serão enormes. Além disso, os demais agentes que tornam possível a realização do festival também serão severamente prejudicados. Desde o próprio staff e respectivas famílias, provedores, trabalhadores externos, imprensa, equipas técnicas de palcos, som, luzes, pessoal das obras, decoração, segurança, alimentação, patrocinadores, etc., e muitas outras pequenas empresas cuja facturação é feita em grande parte com o festival. Também queremos lembrar que este será um golpe muito duro também para a hotelaria de Viveiro e toda a comarca, já que o enorme impacto económico do festival nesta zona (bares, supermercados, hóteis…), este ano, seria mais necessário que nunca».
Resumindo, o Ressurection afirma que já está em contacto com as bandas confirmadas para a edição de 2020 possam estar presentes em 2021, visto que será praticamente impossível a realização do festival este ano, mas para já não podem anunciar o cancelamento oficial da edição que comemoraria os 15 anos. Aos que compraram bilhetes fica a promessa que serão válidos em 2021 ou poderá ser pedido o reembolso.
Podes ler em baixo todo o comunicado:
