O Poder de Budda Power Blues
O power trio actua hoje, 4 de fevereiro, no Hard Rock Cafe Lisboa. A entrada é livre. Em entrevista, o frontman Budda Guedes diz-nos o que esperar!
Existe por aí um grupo restrito de bluesmen que, quando se juntam em palco, escavacam tudo. Jams animalescas de virtuosos que já fazem isto desde muito. São os Budda Power Blues. E a primeira regra dos Budda Power Blues é: Ninguém fala sobre Budda Power Blues. Não é tanto uma regra como é um fenómeno inexplicável que justificaria como passam ao lado do radar de muitos. Mas hoje, dia 4 de fevereiro, irão pisar o palco do Hard Rock Cafe Lisboa a convite da Arte Sonora.
Falámos com a figura que dá o nome à banda, Budda Guedes. Vocalista, guitarrista e grande aficionado de gear, seria capaz de «falar incansavelmente sobre guitarras». Antes disso, falou-nos do que se pode esperar do concerto de amanhã.
Aqui, ninguém protege ninguém. Cada um dos músicos é responsável por um terço do resultado final
Como dirias que é a vossa cumplicidade em palco?
A escolha dos elementos do grupo foi essencial para que haja essa cumplicidade. O Nico é meu irmão. Tocamos juntos desde sempre. Já aí, temos uma cumplicidade muito grande. O Pedro é um novo elemento. Entrou este ano, apesar de ser um baixista que já toca connosco há alguns anos. Sentimos que tem uma linguagem semelhante à nossa e com uma boa capacidade de improvisação. Aqui, ninguém protege ninguém. Cada um é responsável por um terço do resultado final.
E tempo para jams?
Sempre. Isso é fundamental.
O “Kind of Gypsys” foi o vosso último álbum de covers. Em palco, ainda as tocam?
Tirando o “Verdes Anos”, que é quase sempre obrigatório, raramente tocamos. Por vezes tocamos o “Blue Jeans Blues”, que é uma versão dos ZZ Top. Mas, actualmente, já nem tempo temos para esgotar as músicas dos nossos dois álbuns de originais.
Essa cover de Carlos Paredes. Como surgiu a ideia?
Sim, foi na altura do “Kind of Gypsys”, o tal álbum de tributo ao “Band of Gypsys”. Decidimos que queríamos recriar um tema como o que o Hendrix fez com o “The Star-Spangled Banner”, hino dos Estados Unidos. Ou seja, fazer um hino em guitarra eléctrica distorcida. Só que não me pareceu uma ideia genial fazer isso com o hino português. Parecia-me demasiado tácito. Para mim, o “Verdes Anos” é tanto um hino como “A Portuguesa”. Um tema que tem toda a portugalidade inserida. Está lá tudo, a emoção, o dramatismo. Queria fazer uma versão eléctrica muito mais crua e agressiva por contraposição à forma clássica.
Lê a entrevista na íntegra aos Budda Power Blues aqui.