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ENTREVISTA: Dirty Sound Boys, do Porto para o Mundo.

ENTREVISTA: Dirty Sound Boys, do Porto para o Mundo.

Redacção

Com 10 anos de história, o projeto Dirty Sound Boys tem no seu fundador Jorge Apolónio um grande exemplo de artista com uma carreira sólida na panorama da música eletrónica atual.

Ao longo da sua existência já atuaram em diversos festivais portugueses onde se destacam: Meo Sudoeste, Galp Beach Party e Meo Marés Vivas. O artista tem mantido sempre uma identidade muito própria e uma grande representatividade na cena mundial onde conta com o suporte de grandes artistas do meio, como: Don Diablo, Dannic, Thomas Gold, Jewelz & Sparks, Timmy Trumpet, LNY TNZ.

Com todo este currículo, o projeto Dirty Sound Boys muda o seu género musical em 2021 e acaba de lançar o seu mais recente single “Go Bro!”, no último dia 13 de Agosto, pela gigante editora Hexagon do big name Don Diablo. Este é seu segundo tema na label e esse release simboliza a grande evolução do projeto na sua nova fase. Diante de toda essa expressividade, convidamos o artista para uma conversa para sabermos tudo o que está acontecendo e o que está sendo planeado pelo Jorge Apolónio para os próximos capítulos para alavancar ainda mais o seu percurso na eletronic dance music. Confira a conversa com o jornalista Salomão Augusto.

Como foi o teu primeiro contato com a música?
Primeiro contacto com música e com o mundo do Deejing foi mesmo quando eu tinha os meus seis, sete anos, o meu pai era dono de um bar em Chaves, chamava-se “Bar Académico”. Na primeira vez que lá entrei pedi se podia ir para a beira do DJ, estava a passar Bob Sinclair na altura, e o público cantava bem alto!! Conheci o DJ Márcio que era residente, a partir desse dia começou a mostrar-me como misturava e assim fui aprendendo e dando os primeiros passos.

Como é desenvolver as faixas agora a solo?
O processo de criação é diferente, um pouco mais demorado e detalhado, não são duas cabeças a pensar e a criar ideias, mas penso que a solo consigo ter mais liberdade para criar outras sonoridades.

Quando inicias uma música, tens um formato específico de arranjo que segues ou ele vem surgindo aos poucos e ao longo do processo?
Quando inicio uma faixa não existe um regra específica para começar a produzir de raiz, pode ser pela vocal, pela melodia, pelo kick ou bass, depois o processo vai fluindo aos poucos.

Os baixos criados por você são muito envolventes. Existe algum processo que é gravado ou é 100% feito via software com samples?
Muito obrigado!! Criei alguns presets com o plugin serum, um dos melhores plugins para criar uma bassline poderosa!! O elemento fundamental do “Tech Bass” é a Bassline.

Os festivais são a “recompensa” de todo o trabalho de produção que é desenvolvido.

O que mais gostar de fazer: tocar nos Clubs e nos Festivais ou produzir?
Excelente pergunta! Tenho de dizer 50/50 [risos]. Os festivais são a “recompensa” de todo o trabalho de produção que é desenvolvido.

Qual a melhor colaboração que já fizeste até hoje com outros artistas?
Uma das grandes colaborações foi o tema “The Tribe” com o WYKO. Para além dessa colaboração, há algumas novas para sair em breve, mas não posso revelar nomes ainda [risos].

Qual o setup de sonho pra ti, tanto em estúdio quanto em palco?
Não preciso de um setup de sonho para fazer boa música, eu mantenho o mesmo setup super básico e prático há anos [risos]. Em palco o setup ideal para tocar seria: 4 Pioneer CDJ 3000 e 1 Pioneer DJM 900 Nexus.

Como foi o processo completo de criação da tua última música “Go Bro!”?
A “Go Bro!” é um follow-up da “Deep End” que foi lançada na Hexagon, eu queria criar um novo género juntando dois sub géneros, Tech House e Bass House, chamo-lhe “Tech Bass”. Foi desse processo de combinação de 3 vertentes do House que surgiu a “Go Bro!”.

Onde estarás, como produtor musical, daqui a 10 anos?
Pergunta difícil! Daqui a 10 anos espero continuar sempre ligado à música, é a minha paixão, gostava de conhecer outros países, nunca tive a oportunidade de tocar fora de Portugal!