Milhões de Festa’16, Quick Guide
Experimentalismo folk e afro brasileiro, electrónica pop e absurdista e d-beat crust. As recomendações da AS, assim muito por alto.
O festival rei do conceito DIY não ganhou a fama graças às tardes de música na piscina. Ok, talvez isso tenha ajudado, mas o arrojo nos cartazes, que o tornam, diz-se por vezes, como uma ante-ante-câmara para o Paredes de Coura, tem sido o motivo principal para o crescimento do festival. Eis os nossos destaques para a edição de 2016, assim muito por alto.
A electrónica maleável de Dan Deacon, tão capaz de tocar o absurdo como reconfortar o ímpeto 4/4 que vive no centro de gravidade de cada um de nós, é um atractivo irresistível. Há ainda que somar o regresso de Goat, com o sucessor de “Commune” (2014) a caminho e com uns quantos 12” e 7” lançados entretanto. Com um sentido também meio folk, os sons e grooves afrobrasileiros de Bixiga 70 completam os nomes cimeiros do cartaz, que formam um dos trios mais luxuriantes já reunidos pelo Milhões de Festa. Para nem falar de Sons Of Kemet e da fusão prodigiosa que habita as suas músicas e que também passará no palco Milhões.
A sempre forte presença de nomes nacionais continua. Destaque-se a presença obrigatória de Riding Pânico, agora acrescida por uma curadoria que leva ao festival Quelle Dead Gazelle e a sua maturidade crescente e o psicadelismo “kula shakeresco” de Marvel Lima. Além disso, há Jibóia a “jogar” em casa e nunca cansa ser atingido pela hipnose propulsiva de 10,000 Russos.
Com uma costela sempre virada para a “castanhada”, o Milhões de Festa acolhe os Aggrenation [os suecos estiveram na curadoria do Milhões no SWR de 2013]. D-beat, punk e crust, sob uma parede de guitarras death metal para lá de old school.
O festival decorre de 21 a 24 de Julho, e os bilhetes já estão à venda: 20€ para o diário e 55€ para o passe geral até 18 de Julho, altura em que sobe para 60€.