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Barroselas Metalfest, Bootleg Series: Cobalt ao vivo no SWR 20 [Vídeo]

Barroselas Metalfest, Bootleg Series: Cobalt ao vivo no SWR 20 [Vídeo]

Nero
Pedro Roque

O SWR Barroselas Metalfest foi adiado para 2021, devido à pandemia Covid-19. Altura para viver o espírito do festival digitalmente. A AS e a LOUD! relembram alguns dos melhores concertos de edições passadas, caso dos Cobalt em 2017.

Quando os irmãos Tiago e Ricardo Veiga formaram a SWR Inc. e decidiram agitar a freguesia de Barroselas, com um festival dedicado à brutalidade do death metal e grindcore, trouxeram os espanhóis Avulsed ao nosso país, em 1998, numa altura em que a banda contava com dois álbuns bem recebidos pelos exigentes ouvintes do género, “Carnivoracity” e “Eminence In Putrescence”. A acompanhá-los estavam os nacionais Agonizing Terror, Defaulter, Kamikazes e Casablanca.

Estava também impressa a vontade de erigir um altar dedicado ao mais profundo underground do peso, das guitarras de sonoridades extremas e destruição de amplificadores.

Em 2017, celebrou-se a edição XX. O vigésimo aniversário da meca do underground foi uma celebração vibrante da música mais extrema que contou com uma das maiores afluências de público na história do festival. Foi dos anos também com melhor recolha de concertos. Bastaria lembrar que foi a edição em que os Mayhem tocaram magistral e integralmente “De Mysteriis Dom Sathanas” tocaram de forma magistral. Também os Cobalt deram um concerto para o mural de honra do SWR.

Nesse ano, acabados de chegar do Roadburn (tal como os Oranssi Pazuzu, que também foram tremendos e, por acaso, editaram recentemente mais um extraordinário disco), os Cobalt estiveram à altura do culto que conseguiram construir no underground, dando, quiçá, o melhor concerto do festival. Ao vivo, o black metal do duo, é revestido de uma postura mais sleazy rock, se nos é permitido, muito devido à performance do vocalista Charlie Fell, além do sentido mais bluesy e rock ‘n’ roll dos estupendos álbuns “Gin” e “Slow Forever”, que foram centrais no concerto, principalmente o último, editado um ano antes.

O som de baixo de Jerome Marshall foi uma trovoada arrasadora, debitada por um Peavey T-40, instrumento cuja obscuridade é para nós um mistério. Confirmem-no disparando o player em baixo.

Com a edição deste ano transposta para 2021, a organização já partilhou informações sobre os bilhetes. Lê-se em comunicado: «Em primeiro lugar, os vossos bilhetes do SWR FEST 23 serão tão válidos em 2021 como seriam em 2020 e gostaríamos que apostassem em nós para o próximo ano. Com certeza tudo faremos para que o cartaz seja o mais fiel possível ao divulgado e grande parte das bandas já nos confirmaram a sua presença. Para os que, no entanto, pretendam solicitar o reembolso, por favor contactem order@swr-inc.net até 15 de Maio, para mais detalhes sobre os procedimentos que irão decorrer nas próximas semanas».

O nosso conselho é que se agarrem a esses bilhetes, deixem passar este ano desgraçado e voltem ao Minho em 2021. Até lá, eis os Cobalt em 2017.