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BOSS MD-200 Modulation [Teste em Vídeo]

BOSS MD-200 Modulation [Teste em Vídeo]

Paulo Basilio

Ligámos um dos recentes pedais da Série 200 da BOSS, o MD 200 Modulation, e ficámos rendidos à sua versatilidade e capacidade para ir “direito ao assunto”. Lê a nossa opinião e vê o vídeo para o ouvir em acção.

Em 2019, partindo da aclamada série 500, a BOSS criou a colecção mais compacta e económica 200. Arrancou com delay digital, overdrive/distorção, modulador e equalização gráfica. Foi já em 2020 que rodámos dois deles, o MD-200 e o EQ-200.

A nova linha de pedais da série 200 proporciona som premium e versatilidade de alto-nível dentro de estruturas simplificadas. Os quatro modelos incluem áudio de alta-qualidade com AD/DA de 32-bit, processamento interno de 32-bit, taxa de sampling de 96 kHz e compatibilidade com controlo adicional através de switches externos, MIDI ou um pedal de expressão.

Ainda no que respeita à capacidade geral da série 200, as actualizações de firmware só poderão fazer este capítulo melhorar. Já depois de termos devolvido os pedais, foi lançada a actualização de software gratuita para a Versão 1.1, que oferece maior flexibilidade, expandindo consideravelmente a capacidade de memória interna para armazenar e fazer recall de sons. Agora existem 128 configurações de utilizador disponíveis. As configurações também podem ser diretamente acedidas através do MIDI program change.

O MD-200 Modulation providencia um conjunto profissional de efeitos de modelação dentro de um pedal conveniente e pequeno. Existem 12 modos disponíveis, com acesso directo no painel ao rate, depth e level, além de três parâmetros especialmente adaptados para cada modo. Utilizando a versátil função “insert”, os utilizadores podem ligar pedais de drive e outros efeitos para processamento em pré ou post.

SPECS

Frequência de sampling de 96 kHz. Conversão AD/DA 32 bits, tal como o processamento floating point. 12 modos de operação (ou efeitos): Chorus, CE-1 Chorus, Flanger, Phaser, Vintage Phaser, Classic Vibe, Vibrato, Tremolo, Rotary, Auto Wah, Slicer e Overtone. Memória 4 + Manual. O pedal possui buffered bypass.

Controlos: On/Off switch, MEMORY/TAP switch, MODE knob, RATE knob, DEPTH knob, E. LEVEL knob, PARAM 1 knob, PARAM 2 knob, PARAM 3 knob, botão TAP DIVISION e botão MEMORY.

Ecrã de 7 segmentos e 3 caracteres (LED), com indicadores TAP DIVISION e MEMORY (MAN, 1–4). Os I/Os incluem jacks A/Mono B de entrada e a mesma configuração de saída; CTL1, 2/EXP e entrada e saída MIDI. Funciona com transformador ou três pilhas AA (com autonomia de cerca de quatro horas).

Abre a galeria (imediatamente em baixo) para ver imagens detalhadas do MD-200.

SOM & PERFORMANCE

Naturalmente, se são puristas e indefectíveis quanto aos pedais analógicos (ou não) que utilizam, o MD-200 não será uma opção. No entanto, é bastante evidente que o MD-200 é um dos pedais mais versáteis que podem ter na vossa pedalboard, fazendo-vos poupar bastante espaço e quiçá orçamento, além da confusão de cabos, se os seus 12 efeitos ou mesmo que apenas alguns deles, vos encham as medidas.

E quanto a encher as medidas. A qualidade do som do pedal é bastante agradável, a “pegada” digital não fere os ouvidos, muito menos disparada por um bom amp. Claro que, apesar de a sua operação, uso de presets, evocação de memória, etc., ser bastante intuitiva, há uma certa curva de aprendizagem para extrair o melhor de algumas modulações. Por exemplo, o Phaser, CE-1 Chorus e Chorus, Flanger e Overtone são efeitos imediatamente efectivos.

Aliás, o Chorus e o Overtone são bastante bons, mesmo. Apesar de o Overtone funcionar melhor com subtileza (uma oitava abaixo ou acima). Ajustar para o sweet spot o Rotary, Tremolo ou Vibe, demora mais. O mais complexo é, sem dúvida, o Slicer. Mas também não poderia ser de outra forma, implicando tantas contingências.

No vídeo poderão reparar que não nos detivemos muito nesse efeito (pela urgência das gravações). Mas, na maioria, tal como na sua logística de operação, a definição dos efeitos é bastante rápida. Na verdade essa é uma característica do pedal: o MD-200 não deixa margem para muitos devaneios. Por isso é muito prático, vai directo ao assunto e não nos deixa dispersar.

Resumindo, se não pretendem rebentar uma nota preta em meia ou uma dúzia de pedais, se não são muito pacientes na “afinação” dos vossos efeitos, vão ficar encantados com a assertividade do MD-200.

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