Quantcast
Caribou, o sol da madrugada

Caribou, o sol da madrugada

Timóteo Azevedo
9
  • 8
  • 9
  • 8
  • 9

Caribou fechou em grande o palco Heineken do segundo dia do festival NOS Alive!

A hora já ia adiantada quando Caribou, acompanhado de mais 3 músicos, subiu ao palco Heineken. São três da manhã, e muitos dos que ainda resistem ao cansaço, sono e bebedeira, reúnem-se naquele espaço para aproveitar as últimas batidas da noite.

“Leave House” abre o serão com o cowbell sempre no ponto. E seguem-se mais músicas de “Swim”, lançado em 2010. Ao vivo, em formato banda, as músicas recebem uma roupagem diferente. Mais aceleradas, com batida mais marcada, com arranjos para um dancefloor com gente sedenta de batida.

Essa abordagem fica bem explícita em “Odessa”, que entra numa versão mais acelerada e prolongada. Momento que toda a gente esperava, é o barulho que o denuncia. Há quem salte, há quem cante, há cavalitas muitas: os actos que imperam quando se tem a vontadinha toda feita. Dan Snaith, doutorado em matemática, é o multi-instrumentista por trás do projecto. Canta com simplicidade, vai mexendo na maquinaria, contribui com percussões, por vezes senta-se numa meia bateria para complementar o ritmo.

“Can’t Do Without You”, do novo álbum “Our Love”, a ser lançado este ano, ganha outra eficácia ao vivo. Um pouco como em todas as músicas, onde, ao vivo, se estendem em duração, surgem com elementos novos, pormenores que só uma live band consegue executar com dinâmica própria. De repente, ainda no bréu de madrugada, faz-se luz. “Sun”, com a voz em delay galopante é a música que finaliza o set, com grande burburinho. Nem toda a música electrónica é um “meter-de-discos”, e ainda bem.

Foto: Optimus Alive