A banda investiu em grande neste disco, que foi sofrendo retrocessos e mudanças de line-up. O resultado final é menos agressivo que o antecessor “Strays”, com o som muito mais estilizado e com mais “ganchos” melódicos nos temas, mas de qualquer forma esse é um caminho que vinha a ser feito desde que saiu o estrondoso álbum de estreia da banda. Ainda assim é um álbum à altura do legado dos Jane’s Addiction, com temas como “End To The Lies”, a suave “Irresistible Force”, “Ultimate Reason” ou o tema que encerra o disco, “Words Right Out Of My Mouth”, que é Jane’s Addiction puro.
Perry havia afirmado que o título “The Great Escape Artist” prenunciava uma vontade de escapar às expectativas sobre o passado musical da banda e a forte componente electrónica presente no disco é o rosto maior deste “artista da fuga” – com exemplos máximo em “Twisted Tales”, que soa perigosamente dentro duma atmosfera Linkin Park, ou “Splash A Little Water On It” uma fusão desse sentido com aquele feeling de balada do hair metal.
Resumindo, não se compara a “Nothing’s Shocking” e é mais fácil de ouvir que “Ritual De Lo Habitual”, como já o fora “Strays” cujo sentido mais melódico este último trabalho potencia mais.