Tão simples quanto isto; fazer a associação perfeita entre dois modelos aparentemente distintos e improváveis. Ter em conta o melhor e o pior de cada um. E estabelecer um único procedimento organizado, simplificado e inato. Assim como os Joanna Gruesome combinaram a doçura insinuante da pop com a agressividade estridente do punk e sacaram mais um disco animado e pujante como “Peanut Butter”.
Uma reunião bem montada de diferentes velocidades e alternâncias.
Construtivo ou destrutivo. Polido ou florido de um certo ruído. “Peanut Butter” é uma reunião bem montada de diferentes velocidades e alternâncias, deliberadas e guiadas em toda a sua composição pelas variações vocais, ora amáveis, ora ferozes, da dupla Alanna McArdle e Owen Williams. Do timbre melodioso de Bilinda Butcher, ao temperamento intempestivo de Kim Gordon, ao “modus operandi” (com excepções à regra) praticado e popularizado por My Bloody Valentine ou Sonic Youth. “Peanut Butter” é simultaneamente dinâmico e aguerrido, não se afastando muito do seu antecessor, mas para o caso, não faz mal.
E como diria JJ… ‘É peaners!’.