Um ponto assente; não vale a pena continuar a alimentar a discussão sobre qual a melhor vida dos Kings Of Leon, se o pré ou o pós “Only By The Night”. Talvez até já tenha dito isto antes mas, para quem acompanha e gosta dos manos (e primo) Followill desde sempre, “Because Of The Times” já dava a previsão daqueles que seriam os ventos de mudança, tanto em directrizes e registo sonoro, como em imagem e guarda-roupa dos seus intervenientes.
Os Kings Of Leon conseguem fabricar canções que arrebatam horas de ponta em rádios
Assim, o único assunto que importa agora discutir é o presente. E o presente dos Kings Of Leon é “Walls”, o sétimo disco de originais. Um disco que está longe de ser espectacular do início ao fim, muito menos diferente e alternativo em relação ao que já era esperado. Contudo, uma vez mais, demonstra a extrema facilidade e capacidade com que os Kings Of Leon conseguem fabricar canções que arrebatam horas de ponta em rádios ou grandes aglomerados de pessoas um pouco por todo o lado. E para isso, “Walls” conta com refrões extraordinários (“Waste A Moment”, “Reverend”, “Find Me”), algum jingado (“Around The World”) e uma voz capaz de deixar até o ouvinte mais insensível encantado (“Walls”).
Resta dizer que, de “filhos (e sobrinho) do Pastor”, os Kings Of Leon são hoje mais que nunca “filhos da América”. Uma América que lhes está na raiz e no sangue. Uma América que lhes fica bem.