Arrasadores e luminosos.

Arrasadores e luminosos.
Uma parede de som estridente, confusa e desagradável, tornou a actuação do trio em algo mais próximo de uma “experiência” que de um concerto.
O novo álbum foi diluído por uma tempestade de som, clássico atrás de clássico. O concerto do festival!
Misticismo, lisergia e tema novo. Os mantras de Bong pedraram quem os ouviu.
Entre um maior polimento instrumental e uma grandiosidade orquestral, “MCIII” é rico em recursos, composição e determinação.
“Leviathanima” faz lembrar outros franceses, os As They Burn, mas numa versão menos deathcore e mais virada para o metalcore.
Em plena noite de quarta-feira, o Sabotage Club encontrou-se cheio à espera do “ Lendário Homem-Tigre”, desta vez acompanhado com Paulo Segadães na bateria e João Cabrita no saxofone.
Vamos lá cambada, todos à molhada que a verdadeira coboiada acaba de regressar.
Fisicamente esmagador e capaz de produzir delírio auditivo, os Acid King assinaram uma estreia, no nosso país, daquelas que ficam para os livros.
Um futuro que em concreto nunca chegou realmente, mas que enquanto promessa deixou a sua marca no mundo da música.
“Future Hearts” é um meio-termo entre os dois últimos trabalhos discográficos. Umas canções mais maduras, outras mais divertidas, outras mais melancólicas, outras que podiam alcançar mais…
Concentra narrativas a negras harmonias, coliga sabedoria a enorme categoria. E tudo num disco só. E tudo num Homem só.
Um registo de cândida melodia, o futuro das boas cantigas.
No final, não se falava de outra coisa senão da elevada magnitude da noite.
Os imperadores do Metal Português encontraram um Coliseu cheio para os receber. Os portugueses Bizarra Locomotiva e os gregos Septic Flesh foram os convidados especiais para o grande banquete.