Cantautor é um termo que serve, quase única e exclusivamente, para simplificar e resumir a descrição de um artista musical que, simultaneamente ,é escritor, compositor e cantor das suas próprias canções ou, como se diz à antiga portuguesa, “um faz tudo”. Alguém como Patrick Watson.
Novas canções, velhas sensações.
O canadiano, que habitualmente se faz acompanhar por Simon Angell à guitarra, Nisa Stein no baixo e Robbie Kuster na percussão, volta no formato banda com mais um disco brando, homogéneo e circunspecto. “Love Songs For Robots” sustenta a prática comum de harmonizar pianos cúmplices e condutores com guitarras prudentes e aderentes como acompanhamento de fundo a uma voz lúcida, reluzente e purificante. A figura central de um novo registo que, praticamente, em toda a sua composição, não mexe na armação sonora, apenas unifica e revalida a sustentabilidade de uma recorrente, mas não menos influente, fórmula.