Com o passar do tempo, são poucos os que ainda quererão saber dos Strokes para alguma coisa. Na verdade, hoje já nem os nova-iorquinos parecem querer saber de si próprios, quanto mais… E o que é que isso interessa? Interessa, porque os Skaters são parecidos, até demais.
O que serviu a uns assenta nos outros. “Manhattan” veste-se de momentos e acontecimentos da cidade que nunca dorme. Tanto tem uma certa pinta, estilo e utilidade, como tem punk, reggae e demasiada variedade. Um agradável sentido estético, técnico e melódico combina com as típicas incidências do quotidiano. Modelos como “One Of Us”, “Miss Teen Massachusetts” e “I Wanna Dance (But I Don’t Know How)” entram como peças de luxo no único conjunto banhado a dourado. Único, porque a restante roupagem ainda é, manifestamente, pouco aprumada, organizada e arrumada. “Manhattan”até pode ser engraçado, mas os Skaters precisam de ser trabalhados.
É que os Strokes já fazem parte do passado, mas os Skaters ainda precisam do futuro.