Chegue-se à frente aquele que nunca ouviu dizer que não se deve julgar pela aparência. Julgar pela aparência, não só, é uma reacção normal e automática, como é uma característica comum e inata a todos nós. E o maior problema de julgar pela aparência nem é o direito ou a moralidade que temos para o fazer, mas a quantidade de vezes que nos enganamos, como acontece com Strand Of Oaks.
Coerente, consistente e sentimental
Por trás daquela pinta de motoqueiro fora-da-lei e durão, na realidade, Timothy Showalter não passa de um gajo exemplar e um “sentimentalão”. Aquela imagem que traz a ideia de coletes de cabedal e Harley’s, na verdade não passam de calções de lycra e bicicletas de montanha. Coerente, consistente e sentimental. Timothy Showalter tem a brilhante capacidade de se desdobrar em riffs, solos e ressonâncias, tal como em pianos, vocais suaves e várias consonâncias. “Hard Love” tanto tem “radio hits” directos e desapegados, como “Hard Love”, “Radio Kids” e “Rest Of It”, como tem “baladões” de profundidade e emoção, como “Salt Brothers”, “On The Hill” e “Cry”.
Em “Hard Love”, Timothy Showalter continua a sua consolidação, após “Heal”. Continua um bom vilão.