O percurso ascendente dos Vulfpeck coroado diante do mítico Madison Square Garden esgotado. Um dos melhores álbuns ao vivo de sempre e um excelente ponto de entrada para conhecer uma banda fenomenal, a partir tudo no topo das suas capacidades.
Os Vulfpeck formaram-se em 2011, reunindo vários músicos formados na Universidade do Michigan. Quatro álbuns e outros tantos EPs até 2018 conduziram a banda em estrada.
Esse percurso culminou na data esgotada no mítico Madison Square Garden. Os Vulfpeck são uma das poucas bandas a conseguir tal feito sem ter atrás de si uma agência ou uma editora mainstream. O concerto foi filmado. Foi editado em Dezembro de 2019 (podem comprar o álbum no Bandcamp) e integralmente disponibilizado em filme, totalmente grátis (podem disparar no player em baixo).
Os músicos são, e perdoem a meticulosa lista, mas nunca foi tão merecida: Michael Winograd (clarinete); Jack Stratton (bateria, guitarra e teclas); Woody Goss (teclas); Theo Katzman (voz, bateria, guitarra); Cory Wong (guitarra); Joey Dosik (voz, teclas, saxofone); Richie Rodriguez (percussão); Joe Dart (baixo); Melissa Gardiner (trombone); Nate Smith (bateria); Dave Koz (saxofone soprano curvo); Chris Thile (bandolim); Charles Jones (voz, teclados); Ryan Lerman (guitarra); Antwaun Stanley (voz); Mark Dover e Chris Grymes (clarinetes).
Juntos e sob a liderança tão descontraída quanto frenética de Jack Stratton, Theo Katzman e Joe Dart, além da impetuosidade de Cory Wong, criam um concerto absolutamente espetacular, um vendaval de semicolcheias, de groove e assombro técnico, com os focos a recaírem sob os vários músicos a cada momento, com um Madison Square Garden a rebentar pelas costuras e a vibrar com cada segundo deste empolgante concerto.
Quando se diz «a vibrar com cada segundo do concerto», leia-se a cantar, literalmente, a linha de baixo de “Dean Town”, já perto do final, por exemplo. Esse tipo de vibrar e esse tipo de malhas.
Avancem como melómanos, como fãs da banda, como fãs de “Motown-e-Jackson-5-meets-LCD-Soundsystem” ou como músicos (porque esta é daquelas bandas para músicos também), certos de que este álbum entra de caras naquelas listas de melhores álbuns ao vivo de sempre.
A soberba qualidade de som que se ouve foi produção de Jack Stratton, com a mistura e masterização de Caled Parker à gravação de Jake Hartsfield (também responsável pelo som FOH). Respirem fundo e disparem o player. Atenção: Quando começarem a sua reprodução não vão conseguir pará-lo até que termine!