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(c) Pedro Francisco

Sónar Lisboa 2025 reuniu a cidade para um fim de semana de celebração da música electrónica

14/04/2025

O Sónar Lisboa confirma o seu regresso para a quinta edição em 2026.

Sónar Lisboa 2025 reuniu a cidade para um fim de semana de celebração da música electrónica no expoente máximo da sua diversidade e criatividade. Na sua quarta edição, o festival consolidou a sua posição como um festival de e para a cidade, com stage takeovers de editoras e promotoras locais que demonstram a riqueza surpreendente da cena lisboeta.

O Festival apresentou 46 atuações no Parque Eduardo VII, no coração da cidade, com artistas provenientes de 14 países, representando o melhor da música electrónica de todos os estilos e gerações. Este ano, participaram 21 000 festivaleiros oriundos de mais de 59 países, atraídos por um programa que contou com incríveis espetáculos audiovisuais de Richie Hawtin, Anetha e Max Cooper, inovadores e criadores como Jeff Mills, Underworld e Modeselektor, e uma série de DJs internacionais que representam a atratividade duradoura e intergeracional do techno, incluindo Nina Kraviz, Héctor Oaks e KI/KI.

A espantosa riqueza e diversidade da cena local refletiu-se num trio de stage takeovers pelas editoras e promotoras locais Príncipe x TraTraTrax, Dengo Club e Enchufada. Estes takeovers acolheram artistas empolgantes como Lua de Santana e Rita Vian, talentos locais como DJ Lycox e Pedro da Linha, além de DJs oriundos de todo o hemisfério sul que têm causado impacto em pistas de dança pelo mundo fora: Bitter Babe, San Farafina e MU540, e um back-to-back inédito entre o DJ Firmeza e Nick León.

O festival também serviu de aquecimento para o Sónar 2025, ao incluir vários artistas que irão marcar presença em Barcelona nos dias 12, 13 e 14 de junho deste ano. O artista audiovisual Max Cooper estreou o seu novo espetáculo “Lattice 3D/AV”, que incorpora lasers e projeções com efeitos estonteantes, e Josh Caffé vai utilizar a energia do seu espetáculo ao vivo no Sónar Lisboa para atuar num horário de pico no SonarVillage by Estrella Damm. Entre outros destaques que também estarão em Barcelona em junho incluem-se Dee Diggs, a selector de house music por excelência, que vai tocar back-to-back com a lenda dos anos 90 Ultra Naté; e Juliana Huxtable, cuja sublime interpretação narrativa do techno revela uma sensibilidade artística singular.

Sónar Lisboa 2025 – Inovação sónica que atravessa países, continentes e gerações

Ao longo de três dias, os três palcos do Sónar Lisboa receberam algumas das maiores estrelas internacionais da música electrónica, bem como artistas de Lisboa e de todo o mundo que estão a definir o rumo para o futuro.

A história do techno teve uma presença vincada no Sónar Lisboa com um trio de headliners. Richie Hawtin com DEX EFX X0X na sexta-feira, Underworld no sábado, e Jeff Mills no domingo. Todos mostraram que a sua missão de contribuir significativamente para a cultura da música electrónica está longe de ter chegado ao fim.

Para além destes criadores do techno, o Sónar Lisboa também contou com estrelas contemporâneas que elevaram o techno a novos e surpreendentes patamares, com sets de Nina Kraviz, Héctor Oaks, KI/ KI e o mais recente espetáculo AV de Anetha a preencherem os horários de pico. Juntos, demonstraram de forma inequívoca que a atratividade do techno é duradoura e intergeracional.

O Sónar Lisboa conseguiu também demonstrar o quão interligados estão os mundos do DJing e da produção. Os renomados produtores Modeselektor e The Blaze subiram à cabine, enquanto o lendário DJ de Berlim Marcel Dettmann apresentou o seu mais recente live AV show, “My Own Shadow”, pela primeira vez em Portugal.

A empolgante e arrojada cena lisboeta esteve também em destaque, com três stage takeovers por parte de editoras e coletivos locais: Dengo Club, Enchufada, e Príncipe x TraTraTrax. Os destaques incluíram a mistura comovente de fado e r&b de Rita Vian, um vislumbre da estrela ascensão Lua de Santana, e um back-to-back inédito entre dois DJs e produtores incrivelmente talentosos: DJ Firmeza da Príncipe e Nick León da TraTraTrax (que nunca se tinham conhecido – ou falado cara a cara – antes de tocarem juntos neste fim de semana).

Muitas mais ligações entre o underground local e global são identificáveis no line-up. O impetuoso fenómeno brasileiro aumentou a temperatura na tarde de domingo, depois do duo parisiense Amor Satyr & Siu Mata e a DJ portuense NOIA terem mostrado que o hardcore e o jungle do Reino Unido ainda podem soar a novidade em 2025. No sábado, King Kami, a artista brasileira residente em Lisboa, levou o seu novo AV show (criado em conjunto com João Parente) ao palco principal, mesmo antes de Gabber Eleganza e a sua tropa de bailarinos mostrarem a Lisboa como dançar o hakke. No domingo, pouco antes de Jeff Mills, o selector chileno Valesuchi e o ás do bass brasileiro RHR apresentaram um sensacional set back-to-back que provou que os DJs ainda estão a impulsionar a música electrónica em 2025.

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(c) CATARINA PCA

O Sónar+D regressou a Lisboa este ano, olhando para além da música e explorando os espaços partilhados entre as indústrias criativas, a inovação e a tecnologia, com três masterclasses – conduzidas pelos artistas digitais Boldtron, a dupla de artistas visuais Hamill Industries, e a curadora Kaitlyn Davies em conjunto com o tecnologista criativo Brian Wong – como parte do Voices of Sónar+D by Me by Meliá na Casa do Lago.

Está confirmado, o Sónar Lisboa regressará em 2026 para uma quinta edição.

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