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Tool, As Sessões do Novo Álbum

Tool, As Sessões do Novo Álbum

Nero

Os Tool estão finalmente em estúdio a gravar o sucessor de 10.000 Days. Revemos tudo o que é possível saber sobre estúdio, material usado e primeiros sons de uma espera que ainda se adivinha longa.

Após muito ruído oficioso, vários avanços e recuos, de problemas legais e contradições dentro da própria banda. Um ano após o que parece ter sido o arranque da pré-produção, os Tool encontram-se finalmente em estúdio para gravar o sucessor de “10.000 Days”, o qual será o quinto álbum da banda. Ainda sem qualquer som oficial vindo das sessões de gravação, sabe-se que Danny Carey poderá já ter terminado o grosso das pistas de bateria.

BATERIAS

Carey partilhou no seu site oficial uma fotografia com o setup que está usar na gravação do álbum. No Instagram de Adam Jones podemos ver um módulo de bateria que Carey tem explorado e que experimentou na NAMM’2018.

O setup de bateria de Danny Carey, montado pelo técnico Joe Paul, onde se destacam timbalões Roto e uma unidade Korg WaveDrum.


Na foto partilhada pelo baterista também se destaca a sua tarola de assinatura. A primeira tarola Sonor da série Signature, foi apresentada em 2009. O acabamento é tão simples como deslumbrante. Além de ser bonita esta é mesmo uma das melhores tarolas actualmente no mercado. Shell de 1 milímetro de bronze. Os Power Hoops de 2.3 milímetros permitem um som aberto. As medidas são 8×14”. Tão versátil como o baterista dos Tool, responde com definição exemplar a várias afinações, numa afinação mais grave estarão no estranho mundo sonoro da banda!

Além do kit Sonor, Danny Carey também tem usado uma Ludwig cromada vintage, a primeira bateria de sempre do músico.

TEMPESTADE ANALÓGICA

~ Day 1 📀

Uma publicação partilhada por Adam Jones (@adamjones_tv) a


Adam Jones (o mais entusiasta a partilhar detalhes das sessões de estúdio) também revelou o rig de guitarra com que está a tocar as guias para a bateria. Em destaque está, naturalmente, o cabeço Blueface Diezel VH4. Ainda não surge aqui o Marshall Super Bass 1976, nem a coluna de baixo da Mesa/Boogie, estando o rig composto de forma bastante despida, com um par de 4×12 da Mesa. A guitarra que vemos na imagem é o “bacalhau” principal de Jones, a Gibson Les Paul Silverburst (um duplicado).

O guitarrista já começou a mostrar também efeitos que está a usar, como acontece com o pedal de fuzz da Screeching Owl, o Hydra. No player seguinte podem ouvir uma demonstração deste raro pedal de boutique – a Screeching Owl é uma pequena empresa de Portland, que está actualmente fora de actividade.

~ Our guitar/studio tech Tim @theacidhelps 💕 #Efficient #Diligent #Canadian

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Na enorme estação que tem em torno de si, pode destacar-se ainda o uso de um pedal Providence Chrono Delay DLY-4, de um sintetizador Virus (uma unidade A ou B), como uma unidade stompbox, e o que parece ser um Moog Taurus, para sacar sons de baixo sintetizado. O técnico de guitarra é Tim Dawson. Mas podemos esperar ainda mais surpresas. Basta lembrar o estranho instrumento slide que Jones chegou a partilhar no início das demos (em 2015) para o novo álbum.

~Playing strange strings at Joe B.’s #EvilJoe #CaptainMidnight

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ESTÚDIO

Foi ainda confirmado algo que era esperado, que a engenharia sonora do álbum está sob a alçada de Joe Barresi, que teve a mesma responsabilidade no álbum anterior. Esta é a primeira vez que os Tool repetem o engenheiro de som. O estúdio onde a banda está actualmente a trabalhar não foi indicado, embora pela foto partilhada por Carey pareça ser o estúdio JHOC, o estúdio privado de Barresi. Aí, o engenheiro tem unidades como uma consola SSL, conjugada com módulos Neve e API. O som está a ser gravado em fita de 2”!

Na sua discografia, a banda nunca trabalhou num único estúdio. “Undertow” (1993), o primeiro álbum foi, neste aspecto, o que teve a produção mais modesta. Gravado nos lendários Sound City, em Van Nuys, passou ainda pelos Grandmaster Recorders, em Hollywood.

DATA DE EDIÇÃO

Uma vez mais, “Undertow” foi o único trabalho em que a banda não demorou mais que um par de meses a gravar. Em todos os outros discos a banda esteve sempre entre 5 e 6 meses em estúdio. O que significa que, na melhor das hipóteses, só em 2019 poderemos ouvir o resultado final. Pelo menos, a hipótese que chegou a existir na web de que o título do último álbum, “10.000 Days”, seria o tempo (27 anos) que teríamos que esperar pelo próximo disco, está colocada de parte. E com os Tool, nunca fiando…

Eis o post original do anúncio do início das gravações no Facebook: