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All Time Low

Future Hearts

PIAS Ibero América, 2015-04-03

EM LOOP
  • Runaways
  • Tidal Waves
  • Old Scars/Future Hearts
Redacção

Aqueles rapazinhos que apareceram do nada, em 2004, conseguiram agitar a cena pop-punk/alternativa americana num piscar de olhos. Souberam diluir o seu som e permanecer com as suas raízes não repetindo aquele que, para muitos é o seu maior erro: “Dirty Work” de 2011, demasiado brando e despojado emocionalmente, demasiado mecânico e quase forçado. Como que esquecendo esse capítulo, o grupo conseguiu agora, com este álbum, regressar ao ambiente de “Don’t Panic” (2012), com abundância de melodias cativantes. Mas a instrumentalização mantém-se semelhante ao antecessor e continua o típico lirismo de 60% das bandas actuais do género.

Ao contrário de bandas que dão força e vigor ao género, tome-se como exemplos os Neck Deep, os ROAM ou até mesmo os As It Is, sangue novo não escorre nas veias do All Time Low.

Se tivermos em conta o tempo que a banda anda em cena, seria de esperar que fossem capazes de escrever algo melhor ou mais diferenciador. Independentemente disso, as músicas não parecem estar estruturadas para ser entendidas “à primeira”, é daqueles discos que vai crescendo com as audições. Salienta-se a balada “Tidal Waves”, que conta com a participação especial de Mark Hoppus, dos Blink 182, e é marcada pela combinação e harmonização de vozes, entre o convidado e o vocalista/guitarrista Alex Gaskarth. Outra perninha é dada por Joel Madden, dos Good Charlotte, em “Bail Me Out”. Esta última não foi muito feliz, pois parece um tema que podia ter sido editado como um dos singles de Good Charlotte. Uma “oportunidade” que saiu furada.

“Future Hearts” é um meio-termo entre os dois últimos trabalhos discográficos. Umas canções mais maduras, outras mais divertidas, outras mais melancólicas, outras que podiam alcançar mais…