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KEN mode, Punkalhada Groove

04/06/2015
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Todos os concertos rock deviam ser assim. Que sova!

Há 15 anos a rebentar tudo, os KEN mode limitaram-se a ser rotineiros na actuação do Palco 2 do Temples. E aqui, rotineiro significa um pastilhão de concerto! O nome da banda é bastante directo no que toca a influências, mas não se escuta apenas Henry Rollins. A manifestação de supremacia técnica que os canadianos fizeram no Temples é capaz de evocar o beat de Beastie Boys, o funk marado e porcalhão dos Suicidal Tendencies e o groove dos Melvins. Isso tornou o concerto numa agressiva e “sludgesca” fusão de hardcore e math rock.

Pleno de estruturas estranhamente melódicas e pujança contra-intuitiva nos blocos rítmicos.

Jesse Matthewson continua irascível como um puto rufia, mas a tocar guitarra como um vanguardista técnico “meio-tom-morello” e a consolidação do line-up, com Skot Hamilton no baixo e Shane Matthewson na bateria. Duas bestas rítmicas e capazes de responder com balanço à fúria eléctrica do frontman. “Punkalhada” com groove! Não fosse o zelo fanático com os Goatsnake e o título de melhor concerto do festival seria para KEN mode. Pleno de estruturas estranhamente melódicas e pujança contra-intuitiva nos blocos rítmicos, como tão bem ilustra um malhão como “No; I’m In Control”.

Um concerto “à moda antiga” que acabou épico e demente, com “Terror Pulse” e “Never Was” (com Jesse fora do palco, engolido pelo público).

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