O álbum viking com o som cru de Melissa Auf Der Maur, parte de um tríptico que inclui uma novela gráfica e um filme.
Há qualquer coisa de Nick Cave neste “Out Of Our Minds”, um sentido garage e post punk que atravessa este segundo álbum da ex integrante de Hole e Smashing Pumpkins.
Embora seja um álbum a solo, também parece, de alguma forma, um trabalho egoísta, no sentido em que a artista está conceptualmente “perdida” num mundo dela, num imaginário viking. Aliás, este álbum é apenas uma das três partes conceptuais dum trabalho que compreende ainda uma novela gráfica e o filme, portanto sem conhecer as outras duas ficamos um pouco perdidos no conceito.
NOS Alive 2024 | The Smashing Pumpkins, De Cascais ao Alive São Só 28 Anos
Numa viagem aos anos 90, e aos anos dourados do rock alternativo, os The Smashing Pumpkins demonstraram que o tempo não passa por eles. Entre os grandes clássicos de "Siamese Dream" (1993) e "Mellon Collie and the Infinite Sadness" (1995) Billy Corgan levou-nos, não só, a "1979", mas também a 1996, ano em que a banda fez a sua estreia em Portugal com um concerto na Praça de Touros de Cascais.
Será por isso que o álbum mantém uma toada sempre algo apegada a leitmotifs. Há algo no trabalho vocal que me reporta para os Hedningarna. Esse é o principal elemento no qual é desvendada a estética folk esperada, dado o conceito central do disco. Nesse sentido, há que destacar o bizarro encantamento do interlúdio “This Would Be Paradise”, que antecede o epicentro emocional deste álbum, “Father’s Grave” (num dueto poderoso com Glenn Danzig).
Há preenchimento com essas atmosferas do post, sons etéreos que discorrem sempre em parâmetros de simplicidade.
Contando grandes momentos, tais como os dois mencionados acima, a introdução ao álbum ou a faixa título, “Out Of Our Minds” não evita uma sensação de repetição. Isso provoca uma erosão muito rápida no álbum. Ganha outro sentido com as restantes partes do trabalho. https://xmadmx.com/ooom