Super Bock Super Rock: Os destaques do 3º dia

No último dia de festival as atenções estavam viradas para o regresso de Deftones ao nosso país, à espera dos fãs era já longa e as saudades mais do que muitas.

O palco secundário primou mais uma vez com um cartaz bem recheado. Estes são os destaques.

Bruno Pernadas
Não se podia pedir melhor início de tarde do que um concerto de Pernadas. Aliás Pernadas a todas as horas ainda seria pouco. O virtuosismo do músico e do seu conjunto calha sempre bem e foi um dos poucos concertos do palco secundário sem problemas de som, em parte por este se fazer acompanhar do seu próprio técnico. Ao Super Bock o músico trouxe os seus “Crocodiles”, segundo álbum da sua carreira. “Spaceway 70”, “Valley in the Ocean” ou “Problem 6” foram alguns dos temas que foram tocados. Houve ainda um regresso ao primeiro disco com “Ahhh” e “Prémiere”. A fechar tivemos direito a “Galaxy” e a uns músicos também de outra outra galáxia a interpretá-la.

Silva
O jovem brasileiro Silva regressou a terras lusitanas para conquistar os corações que lhe tinham escapado. Em palco, acompanhado por três músicos, Silva provou que se está a aproximar mais do campeonato indie, abraçando o lado mais electrónico da pop.

Passando por temas como “2012” ou “Não é preciso Dizer”, tivemos ainda oportunidade de escutar um original de Novos Baianos, nomeadamente “Mistério do Planeta”.
Silva interpretou também os temas “Ainda Lembro” e “Infinito Particular”, fruto da colaboração com Marisa Monte.

Stone Dead
Directamente de Alcobaça para o palco LG by SBSR.FM chegaram os Stone Dead com a simples tarefa de provar que o rock and roll ainda está vivo. “Good Boys” é o seu primeiro álbum de longa duração e tem um pouco de tudo o que se faz de bom no campo do rock. Do mais stoner ao mais garage, os Stone Dead têm energia que conquista em palco, sendo uma das grandes promessas do rock nacional.

Seu Jorge
Enquanto uns faziam crowd surfing e moches em Deftones [Lê aqui a review a este concerto], outros aproveitaram para rumar ao palco secundário para ver Seu Jorge a interpretar os temas de “Life Aquatic”. Vestido a rigor com o gorro e macacão com que aparece no filme, o músico foi alternando as músicas de Bowie, dotadas do seu toque único, com as incríveis aventuras de todo o processo que foi entrar neste filme e contracenar com artistas como Bill Murray ou Cate Blanchett. Por momentos mergulhámos todos no barco de Steve Zissou, personagem do filme, e a sensação que pairava no ar era digna de um filme do próprio Wes Anderson.

Seu Jorge interpretou temas como “Changes” ou “Lady Stardust”. Em “Rebel Rebel” contou-nos que teve que escrever a sua versão a correr, pois não tinha preparado aquela que seria, afinal, a música preferida do realizador. Foi com o seu à vontade e violão que Seu Jorge fez as delícias de um público encantado por poder presenciar o bonito tributo quer a David Bowie quer ao universo cinematográfico de Wes Anderson.