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SWR XVII, a rever

SWR XVII, a rever

Nero
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Gorguts, Aspen, For The Glory, Bosque e In Solitude – bons concertos, com lutas diferentes.

Os Gorguts são uma daquelas bandas tipo Harlem Globetrotters. Se nos recordarmos que as bandas de “cromos” têm estado a regressar (Cynic, Atheist, etc.), fazia sentido que os canadianos fizessem o mesmo. O concerto, tal como o álbum de regresso, “Colored Sands”, pareceu mostrar a banda à procura de firmar os pés neste renascimento. Talvez a falta de exuberância em palco, em favor da concentração na exuberância técnica, tenha removido alguma força à actuação que intervalou um Dia 01 em que os ouvidos de muitos estavam a zumbir da “porrada” de sludge no Palco 02.

Concertos sólidos dos headliners, com som bastante alto para agarrar o público – um dos truques mais velhos no livro. Teria dado um jeitão a In Solitude e For The Glory.

No Dia 02 os Aspen oscilaram entre excelentes momentos e outros em que fica a sensação de que a banda tiraria mais proveito de considerar a possibilidade de ter um vocalista. Os riffs têm dimensão, mas falta alguma sustentação – ficou por perceber se isso foi devido à capacidade sonora mais reduzida do Palco 03. Uma dúvida que se repetiu com a actuação dos For The Glory. A banda não conseguiu reproduzir a força do seu último registo, contudo isso não se ficou a dever à entrega dos músicos nem do público. Mas a verdade é que faltou alguma “patada”. Os Bosque foram capazes de recriar, até certo ponto, a atmosfera dos seus discos, mas a própria natureza desses trabalhos estará contra a banda ao vivo. A crueza sonora esteve presente, mas o palco acabou por dar algum “balanço” aos temas e aos músicos, em vez da austeridade espartana registada em estúdio.

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No palco principal os In Solitude foram prejudicados pelo som. É certo que os guitarristas abusam do processamento [chorus, delay…] mas, com excepção aos dois últimos temas, a mistura esteve sempre bastante confusa. Os temas orelhudos da banda, principalmente do recente álbum “Sister”, perderam sempre alguma fluidez devido a esse factor. A jogar pelo seguro estiveram os headliners Metal Church e Pungent Stench (dá muito trabalho escrever Schirenc Plays Pungent Stench e, além disso, o homem devia ter o direito de usar o nome da banda dele). Concertos sólidos, com som bastante alto para agarrar o público – um dos truques mais velhos no livro. Teria dado um jeitão a In Solitude e For The Glory.

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Por fim, uma palavra para os Vai-te Foder. A banda começa a ir ao sítio e já se nota mais que “rebaldaria por rebaldaria” em temas como “Degredo-core”, “Bófia De Merda” ou “Rock No Canoa”, mas passou o concerto inteiro a debater-se com 3.647 punks em cima de palco, crowd surf a um cão, no local onde deviam estar os dois vocalistas, um par de local natives a dançar rancho e a exibir bigodaças (um arriscou mesmo bailar com uma punk, tendo os dois aterrado em cima da pedaleira do guitarrista)… enfim, até a Mara andou em cima do palco!