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AS10 | Melhores Guitarras de Assinatura de 2019

AS10 | Melhores Guitarras de Assinatura de 2019

Redacção

Oito guitarras e dois baixos. Os dez instrumentos de assinatura mais “beras” de 2019.

É uma das formas mais batidas das marcas matarem dois ou três coelhos de uma cajadada. As guitarras de assinatura prestam homenagem a um guitarrista emblemático e a um som histórico, o que por sua vez é cativante para vários fãs do respectivo músico ou para outros músicos que apreciem o seu carácter sonoro e, então, as marcas aumentam as suas vendas, à conta do carisma dos artistas. Para muitos, uma guitarra de assinatura não é mais que uma forma de merchandise demasiado caro.

E se há vários casos em que isso sucede, também é certo que as marcas e os próprios guitarristas começam a prestar mais atenção ao produto final, procurando criar algo de valor acrescentado nos ditos instrumentos. 2019 foi um ano de muitos, mesmo muitos instrumentos de assinatura. E nem vamos falar nos unicórnios que foram clonados dentro do contexto do Crossroads, como a Blindfaith Telecaster e a Firebird de ’64 de Eric Clapton ou o protótipo original da PRS de Carlos Santana. Nem outros canhões de edição bastante limitada, casos de instrumentos como a ’79 Bumblebee de Eddie Van Halen ou a Izabella de Hendrix., entre muitas outras que podem encontrar através do nosso website.

Estas são as guitarras (e dois baixos) de assinatura que mais nos impressionaram em 2019. Sem ordem específica (ok, a Tele do Jimmy Page merece a primeira posição) e podia estar perfeitamente na nossa lista das melhores guitarras de 2019.

FENDER JIMMY PAGE SIGNATURE MIRROR TELECASTER | Estávamos ainda em 2018 quando a Fender anunciou ir juntar-se às comemorações do 50º Aniversários dos Led Zeppelin e a Jimmy Page para recriar a mística 1959 Telecaster do guitarrista. Imediatamente, a guitarra tornou-se um dos lançamentos mais aguardados do ano e é a estrela maior da celebração das cinco décadas dos Led Zeppelin (o primeiro álbum chegou em 1969, após a formação da banda em 1968). Na mais recente edição impressa da AS, que celebra os 50 anos do hard rock, suportando-se precisamente na origem dos Led Zeppelin, podem ler sobre estes assuntos em maior profundidade.

Foram quatro versões, duas de produção normal e duas de edição limitada, construídas por Paul Waller na Fender Custom Shop, recriando o visual dos espelhos circulares ou a pintura do dragão. Ao contrário do que tantas vezes sucede com estes instrumentos de artista, a Fender garantiu ambas as versões da guitarra, a espelhada e a pintada, nas gamas de produção normais, de forma a permitir modelos mais acessíveis à maioria dos fãs. Foram estes dois modelos que convidámos Mário Delgado (um dos guitarristas que elegemos para os dez melhores da última década) a experimentar. Para isso, fizemos uma visita ao Mr. Jack – Guitars N’ Stuffs. A Dragon Telecaster é a mais vistosa das duas e é uma guitarra muito decente. Todavia, a Mirror Telecaster é uma guitarra espantosa. Apesar de não deixar de ser, basicamente, uma Tele dos anos 50 com uma intensidade sonora contemporânea. Fora da Custom Shop, é a melhor Fender Tele que já vimos em acção. É um dos melhores segredos da Fender. Ouçam-na soar nas mãos do Mário.

ERNIE BALL MUSIC MAN MARIPOSA | A Ernie Ball fê-lo novamente. Depois do tremendamente excitante e fora da caixa modelo de assinatura de St. Vincent, eis a Mariposa. A Mariposa foi desenvolvida em colaboração da Ernie Ball com Rodríguez-López e possui um corpo super leve em mogno africano, com um formato offset retro-futurista. Além disso, Mariposa tem que ser o nome mais fixe de sempre para um modelo de guitarra (talvez descontando Firebird). Há dois modelos diferentes, o Deluxe ou o Standard. A Mariposa Deluxe surge nos acabamentos Imperial Black ou Imperial White. possui controlos e hardware dourados. A Mariposa Standard está disponível nos acabamentos Dorado Green ou Pueblo Pink, com controlos e hardware cromados. Sinceramente, todas as opções são uma cena. Destaca-se o pickguard com os motivos florais gravados a laser, o braço burnt maple e a escala em ébano. Mais detalhes no artigo original.

GIBSON GOLD RUSH LES PAUL AXCESS | Não foi uma das guitarras que esteve em maior destaque na última visita dos Aerosmith a Lisboa, mas é um dos modelos que Joe Perry tem favorecido nos tempos mais recentes e agora ganhou uma versão de assinatura com a Gibson. Falamos da ‘Gold Rush’ Les Paul Axcess. A guitarra funde um design Les Paul com uma série de características ao melhor estilo Stratocaster, incluindo o sistema tremolo de dois pontos de fixação Wilkinson/Gotoh VS100N e o recorte ergonómico nas costas. O som deriva de um único humbucker 498T, mas o knob de Tone possui sistema push/pull coil-split. Também há um único knob de Volume. As características da LP ’59 favorita do guitarrista surgem no braço em mogno. O corpo, na mesma madeira, está com acabamento Antique Gold, manualmente envelhecido na Gibson Custom Shop (mais detalhes no artigo original).

JACKSON JEFF LOOMIS KELLY | Um canhão de shred, esta guitarra possui corpo em ash, com tampo em sandlasted ash e acabamento Black. O braço through body de peça singular em maple possui um design de junção scarf joint e reforço de grafite. Está moldado para ser um demónio de velocidade e possui um raio composto 12”-16” com escala em ébano de 24 trastes jumbo em aço inoxidável, com entalhes sharkfin em madre pérola. Os PUs são os Seymour Duncan Jeff Loomis Signature Blackouts. O do braço oferece suavidade cristalina nos solo e o da ponte a agressividade e o sustain exigidos a esta máquina de heavy metal. A ponte é um sistema double-locking tremolo Floyd Rose 1500. A Jeff Loomis Kelly tem apenas controlo de volume e selector de três posições. A ausência de tone know foi explicada pelo guitarrista em entrevista com a AS, na altura em que era endorser Schecter: «Muita gente me questiona porque é que não tenho um tone na guitarra. Porque podes criar o tone no amplificador! Só precisas de volume na guitarra… E não gosto de descer a mão e ter ali muitos knobs a atrapalhar, assim é mais simples». Em Setembro de 2019, o guitarrista apresentou a guitarra em vídeo.

GRETSCH GUITARS BRIAN SETZER | Este ano foram apresentados três novos modelos Gretsch com a assinatura do icónico Brian Setzer, um dos músicos mais excitantes e impressionantes do nosso tempo. Ele criou um legado marcante, desde o revivalismo rockabilly com os Stray Cats até à criação da Brian Setzer Orchestra. Por entre a sua carreira histórica, vendeu mais de 13 milhões de discos, ganhou três Grammys e recebeu o prémio Orville H. Gibson Lifetime Achievement pelo seu trabalho enquanto guitarrista. A nossa eleita, entre as três guitarras é a G6120T-BSSMK Brian Setzer Signature Nashville Hollow Body ’59 “Smoke” com Bigsby, uma recriação da guitarra que Brian Setzer tem usado desde que se retirou dos Stray Cats. Com os pickups Dual TV Jones Ray Butts Ful-Fidelity, este modelo providencia uma sonoridade intemporal com excelente resposta ao baixo. A ” Smoke” vem ainda equipada com uma ponte Adjusto-Matic e um tremolo Bigsby B6CGH.

WASHBURN NUNO BETTENCOURT 4N | Outro demónio de shred! A Washburn apresentou o modelo 4N, uma actualização à guitarra de assinatura de Nuno Bettencourt. Entrando em comparações com os modelos anteriores, a 4N possui uma escala em ébano mais fina e um perfil de braço mais profundo que os prévios modelos N4. O braço é uma peça birdseye maple e os contornos do corpo foram remodelados. Falando no corpo, este é uma peça em alder com o design Stephens Extended Cutaway. No hardware e electrónica surge um sistema de ponte Floyd Rose Original Tremolo, com nut Kahler, e os pickups são um Seymour Duncan ’59 e um Bill Lawrence L-500, completados por um singular potenciómetro de volume e um alternador de três posições. Em Fevereiro de 2019, a Washburn anunciou-a para a Primavera desse ano. Podem descobrir mais detalhes no site oficial.

SUPRO DAVID BOWIE REALITY DUAL TONE | A Supro estreou a reedição da Dual Tone de 1961, um modelo hardtail que foi protagonista no álbum “Reality” e respectiva digressão de David Bowie. A nova versão da guitarra apresenta uma série de ajustes, de acordo com o setup usado  por David Bowie, incluindo uma escala pau ferro com raio de 12”, numa escala de 24.75” assente num braço fixo em maple. O corpo da guitarra é em mogno e é recortado ergonomicamente. Já o hardware inclui o design em escada invertido da tailpiece da ponte tune-o-matic, afinadores borboleta e os pickups de época Vistatone. Mais info e preços no artigo original.

EPIPHONE JOE BONAMASSA ES-355 | Esta 355 possui um tampo e corpo de três camadas maple/poplar//maple com acabamento ébano. O braço é em mogno, com perfil SlimTaper-D e escala em ébano (um composto) e nut Graph Tech Nutbone. A assinatura do guitarrista surge na face posterior da cabeça, tal como o logo que indica a edição limitada e o ano de produção, 2018. Os pickups são um par de humbuckers Alnico II ProBucker, um ProBucker 2 no braço e um ProBucker 3 na ponte. Temos uma Bigsby B7 vibrato tailpiece cmo um sistema Vibramate String Spoiler, para facilitar a troca de cordas. No restante hardware destaca-se a ponte ABR-1 LockTone Tune-O-Matic e os afinadores Grover Rotomatic.

FENDER DUFF MCKAGAN DELUXE PRECISION | Mais cedo ou mais tarde teria que ser feito. A Fender e Duff McKagan criaram o baixo de assinatura inspirado nos sons do Jazz Bass Special que gravou o marcante álbum de estreia dos Guns N’ Roses. Já de si, os Jazz Bass Specials dos anos 80 misturavam os pickups de mnodelos Precision e Jazz Bass num corpo Precision. Neste caso é-nos oferecida uma combinação do pickup vintage split-coil do Precision bass com um Seymour Duncan STKJ2B Jazz Bass na ponte. Tudo controlado por um sistema Fender TBXTM (Treble/Bass Expander). Outras características incluem o braço quartersawn maple, com escala em rosewood e inlays em blocos, incluindo um 12” no 12º traste. Na cabeça vê-se o logo Deluxe Jazz Bass Special. Temos ainda uma ponte Pure Vintage 70s e o neck plate com o emblema “skull ‘n’ bones” de Duff McKagan. Descobre os dois acabamentos disponíveis.

FENDER PHIL LYNOTT PRECISION | A Fender aproveitou a Summer NAMM de 2019 para apresentar a colecção Custom Shop de meia-época. E os destaques foram para os modelos de assinatura de Phil Lynott, lendário baixista e fundados dos Thin Lizzy, e do não menos mítico Stevie Ray Vaughan. Não são instrumentos baratos, como seria de esperar de modelos Custom Shop, mas são fulminantes! O que mais nos cativa foi, precisamente, o Phil Lynott Precision Bass. O instrumento serve também como homenagem a duas efemérides: o 50º aniversário da fundação dos Thin Lizzy e aquele que seria o 70º aniversário de Lynott que nasceu a 20 de Agosto. A marca examinou a fundo o Precision original do músico irlandês e recriou-o e à sua resposta sonora de forma minuciosa, incluindo detalhes como o pickguard e ponte espelhados do original. O instrumento surge acompanhado de alguns extras deliciosos, tais como uma correia, bracelete e óculos de sol similares aos de Lynott ou a caixa personalizada com o logo dos Thin Lizzy